Foto: Marta Tocchetto / Arquivo pessoal
A professora Marta Tocchetto, do departamento de Química da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), é uma das premiadas do Pioneiras da Ecologia, prêmio instituído pela Assembleia Legislativa do Estado. Como o nome da premiação diz, o reconhecimento é para aquelas que se destacam na luta por um ambiente ecologicamente correto. Além de dar aulas nos cursos de Química da UFSM, ela é integrante da Diretoria da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental/seção RS.
Ela conta que foi indicada ao prêmio pelo deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) e que ficou sabendo que foi uma das selecionadas na última segunda-feira.
- Eu sabia que outras pessoas com quem eu iria concorrer tinham igual ou maior possibilidade de ganhar, com trajetórias significativas e me emociona e eu fico super agradecida - comenta Marta.
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Marta participa de projetos já conhecidos pela comunidade da UFSM e também por pessoas de fora da instituição. Um deles é o projeto ReLona, que reutiliza o material de banners de trabalhos acadêmicos e transforma o material em objetos como sacolas e estojos. Mas a professora acredita que, o trabalho que tenha influenciado para ser uma das premiadas pela Assembleia, foi a implementação da Coleta Seletiva Solidária na UFSM, que tem um ano de funcionamento.
O projeto funciona em parceria com quatro associações de recicladores da cidade. A cada semana, cerca de uma tonelada de lixo reciclável (papel, alumínio, plástico e vidros) é recolhida e destinada para reciclagem por meio das associações. Além disso, estima-se que a cada semana, de 100 a 150 quilos de lixo orgânico (restos de comida e cascas de frutas) são recolhidos no campus e vão para oma compostagem do Colégio Politécnico. Para o processo funcionar corretamente, no ano passado, a Universidade ganhou, da Receita Federal, um caminhão que é usado pelas associações. E contêineres separados para cada tipo de resíduo estão distribuídos pelo campus.
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Marta se formou em Química Industrial na UFSM nos anos 80, em uma época que as questões ambientais começavam a tomar corpo no Estado e no país. Foi na pós-graduação que ela se apaixonou por assuntos relacionados ao meio ambiente e preservação ambiental.
- A universidade também forma cidadãos. E o respeito à natureza, ao ambiente, aos seres vivos faz parte disso e motivou a levar essas questões aos meus alunos. Também sempre gostei muito do trabalho de extensão, de fazer com que as pessoas repensem as relações de consumo e relações com o meio ambiente - comenta a professora.
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A premiação será na quarta-feira, às 10h, no Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Além de Marta, Renilde Cembrani Raminelli, de Ibarama, e Anabela Silveira de Oliveira Deble, de Dom Pedrito, também recebem o prêmio.